terça-feira, 26 de maio de 2009

Para meu nenenzinho...


Saudade
                                                      Por Pablo Neruda

Saudade é solidão acompanhada, 
é quando o amor ainda não foi embora, 
mas o amado já... 

Saudade é amar um passado que ainda não passou, 
é recusar um presente que nos machuca, 
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais... 

Saudade é o inferno dos que perderam, 
é a dor dos que ficaram para trás, 
é o gosto de morte na boca dos que continuam... 

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade: 
aquela que nunca amou. 

E esse é o maior dos sofrimentos: 
não ter por quem sentir saudades, 
passar pela vida e não viver. 

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido


Tim Tim! Meu nenenzinho...




Esperta, como sempre!



Manhosa, brincando no Sol...

terça-feira, 28 de abril de 2009

quinta-feira, 16 de abril de 2009

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Poesia de Drummond

Ao Amor Antigo

O amor antigo vive de si mesmo, 
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.

O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.

Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
a antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.

Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.

segunda-feira, 23 de março de 2009

quinta-feira, 19 de março de 2009

Poesia de Valério Márcio

Soneto 

                  de felicidade

A felicidade mora aí, bem do teu lado,

E triste ficas, sem ao menos perceber
Que ela vem qual pé-de-vento, amor alado,
Tu não percebes, pois insistes em sofrer.

Felicidade é um dom, lindo, sagrado,
Razão sublime, bela e pura de viver.
Esqueça agora, as tristezas do passado,
E lembres que há um Deus no alto a te erguer.

Siga sorrindo, vá feliz na vida afora,
Despreze os males, a angústia, o rancor.
Neste momento de segundo, nesta hora,

Está contigo o soberano Criador.
E cante,  e lute, e vive, e ame. A vida adora
Aqueles que carregam a paz, límpido amor.

Bob.

Poesia de Vinicius de Moraes

Soneto de Fidelidade

 

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

 

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

 

E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

 

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure

quinta-feira, 12 de março de 2009

Poesia


Bilhete

Se tu me amas, ama-me baixinho 
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...


Mario Quintana

domingo, 8 de março de 2009

Frase: Mario Quintana


"A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda."

Fim do Milênio - Ecos Falsos! (Música)



Hoje é dia de guerrilha em pleno Afeganistão
Palestino jogou bomba mas não teve a intenção
Presidente democrata nunca mais fumou charuto
Tem cientista escocês que diz que vai clonar o Pluto

O milênio já acabou e há muita coisa no ar
Se o céu pegasse fogo, alguém iria notar?
O milênio já acabou e isso não é tão ruim
Pois é, estamos perto do fim

Animais e seus programas são sucesso na TV
Uma loira e sua bunda: é a nova MPB
Cidadão caucasiano esqueceu que a vida é bela
Tomou um fora na Internet e se jogou pela janela

O milênio já acabou e há muita coisa no ar
Se o céu pegasse fogo, alguém iria notar?
O milênio já acabou e isso não é tão ruim
Pois é, estamos perto do fim

E o mundo caminha para mais mil anos
Com suas seitas suicidas e governos desumanos
Ninguém sabe quem vai ser o próximo inimigo
Mas os mísseis já vêm vindo, e eles são americanos
Satélites transmitem tudo por TV a cabo
Pra quem veio do macaco, já é bem mais que o esperado
Qualquer um é cidadão na proporção do que consome
Será que estamos indo para o lado errado?

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Seiscentos e Sessenta e Seis



A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ªfeira...
Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
seguia sempre, sempre em frente ...

E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.

Mario Quintana

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Flutuando no mar.



"Não basta saber ler para ler poesia. Ler poesia é uma arte. Exige que o leitor se coloque numa posição especial de alma. O segredo da poesia está na música da leitura. Mais do que uma arte: é um ato de bruxedo. O leitor invoca um mistério que se encontra nos interstícios das palavras do poeta. Essas palavras estão dentro dele mesmo. O poema faz-me ouvir um poema que está dentro de mim. Esse poema que está dentro de mim é um pedaço de mim"

"Você já experimentou ficar boiando no mar? O corpo todo solto, sem fazer nada, nenhum movimento, subindo e descendo ao sabor das ondas? Pois é assim que se lê poesia: flutuando ao sabor das palavras, sem pressa, em voz alta, poesia é música."

"São falas do coração. Por favor: não tente entender. Música não é para ser entendida. é para ser ouvida. Poesia não é para ser entendida. É para ser lida em voz alta"

Flutuando no mar - Rubem Alves

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Circulo Vicioso - Machado de Assis


Bailando no ar, gemia inquieto vagalume:
"Quem me dera que eu fosse aquela loira estrela
Que arde no eterno azul, como uma eterna vela!"
Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme:


"Pudesse eu copiar-te o transparente lume,
Que, da grega coluna à gótica janela,
Contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela"
Mas a lua, fitando o sol com azedume:


"Mísera! Tivesse eu aquela enorme, aquela
Claridade imortal, que toda a luz resume"!
Mas o sol, inclinando a rútila capela:


Pesa-me esta brilhante auréola de nume...
Enfara-me esta luz e desmedida umbela...
Por que não nasci eu um simples vagalume?"..

Eu vou lutar e ganhar.

*

Ei!Ei!
Para quem você vive?
Para que você vive?

--
Agora é a hora de mudar
Agora é a hora de fazer
Não adianta só pensar
Muito menos obedecer
Mude, ajude, lute
Pare de se submeter
--
Você vive?
Ou apenas sobrevive?

o.O

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Ouça Fim do milênio, Ecos Falsos
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