segunda-feira, 13 de abril de 2009

Poesia de Drummond

Ao Amor Antigo

O amor antigo vive de si mesmo, 
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.

O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.

Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
a antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.

Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.

Um comentário:

  1. Olá Mariana! Nós não nos conhecemos ainda, mas através do blog do Mau Cardoso cheguei ao Castanha, e de lá até aqui... Eu amo poesia e tb tenho um blog que acabei de criar! Quero fazer amigos e compartilhar nossas palavras ritmadas! O teu blog está lindo parabéns!! Venha fazer uma visita ao meu cantinho ok! Será muito bem recebida! Um grande abraço!

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